Design Da Mandíbula 'bloqueado' 400 Milhões De Anos Atrás
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Vídeo: Design Da Mandíbula 'bloqueado' 400 Milhões De Anos Atrás

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Anonim

PARIS - O desenho básico da mandíbula do animal permaneceu praticamente inalterado desde que tomou forma nas profundezas dos mares, cerca de 400 milhões de anos atrás, de acordo com um estudo divulgado na quarta-feira.

Após um período relativamente breve, quando uma variedade estonteante de estruturas semelhantes a mandíbulas proliferaram entre os animais com espinha dorsal, a boca articulada tornou-se o modelo duradouro entre os vertebrados, relataram os pesquisadores.

Mais de 99 por cento dos vertebrados hoje, incluindo humanos, têm mandíbulas que compartilham alguma variação dessa arquitetura rudimentar. Mas no período Devoniano, 420 milhões de anos atrás, todos os mares, lagos e rios da Terra eram dominados por peixes desdentados, blindados e sem mandíbulas, que se alimenta sugando algas e outros pequenos nutrientes.

Há muito se supunha que o surgimento de criaturas marinhas com bocas articuladas levou ao rápido declínio dos peixes sem mandíbula que haviam povoado o ambiente marinho primitivo da Terra até então.

Peixes com mandíbula - incluindo os primeiros tubarões - teriam sido melhores caçadores e necrófagos, levando as espécies de boca fixa à extinção, raciocinaram os cientistas. Mas as novas descobertas questionam essa linha de pensamento.

"A variedade de mecanismos de alimentação nos primeiros animais com mandíbula parece ter tido pouco ou nenhum efeito na diversidade dos peixes sem mandíbula", disse Philip Anderson, professor da Universidade de Bristol na Grã-Bretanha e principal autor do estudo.

Por um lado, os dois grupos coexistiram confortavelmente por pelo menos 30 milhões de anos.

E quando os peixes sem mandíbula finalmente desapareceram, não houve impacto evolutivo discernível em seus primos com mandíbulas, sugerindo que os dois não estavam em competição direta.

Estudos anteriores também relacionaram o surgimento de vertebrados com mandíbulas, conhecidos como gnatostomos, a um evento denominado oxigenação.

Esta foi uma mudança rápida, pelo menos em uma escala de tempo geológica, na composição da atmosfera e dos oceanos.

Mas aqui, novamente, o novo estudo - que usa ferramentas da física e da engenharia para analisar a função de alimentação da fauna primitiva - inova.

"Nossos resultados colocam o primeiro surto de diversificação de vertebrados com mandíbulas bem antes disso", disse Anderson.

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