Plano Ritual De Abate De Judeus Holandeses E Muçulmanos
Plano Ritual De Abate De Judeus Holandeses E Muçulmanos

Vídeo: Plano Ritual De Abate De Judeus Holandeses E Muçulmanos

Vídeo: Plano Ritual De Abate De Judeus Holandeses E Muçulmanos
Vídeo: Holandeses e muçulmanos: Como seria o governante Wilders? 2024, Novembro
Anonim

HAIA - Representantes judeus e muçulmanos na quinta-feira apelaram aos legisladores holandeses para não fazerem cumprir os planos que exigem que os animais sejam atordoados antes dos rituais de abate halaal e kosher.

"Somos contra qualquer forma de atordoamento porque é contra nossa religião", disse Yusuf Altuntas, presidente do CMO - uma organização que liga a comunidade muçulmana ao governo holandês - a uma comissão parlamentar.

"Uma das primeiras medidas tomadas durante a ocupação (durante a Segunda Guerra Mundial) foi o fechamento dos matadouros kosher", acrescentou o rabino-chefe Binyomin Jacobs durante o debate em Haia.

A lei holandesa exigia que os animais fossem atordoados antes de serem abatidos, mas abriu uma exceção para os abates rituais halaal e kosher.

O Partido para os Animais do país (PvdD), que detém dois assentos no parlamento holandês de 150 assentos, apresentou uma proposta, se implementada, veria esta exceção abolida.

A mídia holandesa divulgou amplamente que se esperava que a proposta do PvdD recebesse a aprovação da maioria dos parlamentares, mas não foi dado um prazo.

“Os animais sofrem mais e ficam mais angustiados se não forem atordoados”, disse à AFP Esther Ouwehand, parlamentar do PvdD.

“Com essa modificação na lei, esperamos inspirar outros países”, acrescentou ela, destacando que na Noruega e na Suécia essas medidas já foram tomadas.

Mais de dois milhões de animais - principalmente ovelhas e galinhas - estão sendo submetidos ao abate ritual todos os anos na Holanda, acrescentou o PvdD.

Abdelfattah Ali-Salah, diretor da Halal Correct, organização que emite certificados halaal no país, porém, chamou o número de "inexato".

Ele disse que cerca de 250.000 animais são abatidos anualmente sem serem atordoados de antemão.

Representantes judeus e muçulmanos na quinta-feira insistiram que o abate ritual respeita o bem-estar dos animais, notadamente os métodos de restrição usados para limitar o sofrimento e que os abates receberam treinamento especializado.

"Se não tivermos mais pessoas que possam fazer o abate ritual na Holanda, vamos parar de comer carne", disse o rabino-chefe Jacobs.

No entanto, eles se ofereceram para implementar algumas medidas que poderiam aliviar o sofrimento dos animais, especialmente melhores controles nos matadouros onde os abates rituais eram realizados e uma melhoria nas condições de transporte dos animais.

Várias organizações na França, entre elas a Fundação Brigitte Bardot, lançaram em janeiro uma campanha de pôsteres, relatando as condições em que os animais eram mortos durante o abate ritual.

Recomendado: